segunda-feira, 4 de agosto de 2008

The One


Há coisas que não entendo.

Dizer sim quando o não está mais que assente na alma, repetir - uma, outra, outra e outra vez - acções que achamos erradas, dar o dito (ou o pensado) por não-dito (ou não pensado). Gajos e gajas, vai dar tudo ao mesmo, somos todos feitos da mesma massa (hum...talvez mais as gajas...). Porque as promessas raramente são para cumprir, talvez porque raramente saiam dos neurónios que têm o nome pomposo de "coração".

Enfim, não percebo.

Ou finjo que não percebo.

Talvez sejam os neurónios que libertam o que quer que seja que nos faça sentir arrebatado/as, atraído/as intensa-profunda-imensamente por algo, enfim, talvez sejam esses a assumir o comando e as pernitas e bracitos e etcs lá vão atrás, à semelhança dum desenho animado que levita e, só pelo aroma, vai de encontro à tarte pousada no peitoril da janela.
Pois, só pode ser isso. Isso e estar farto/a de levar a vida a racionalizar a vida... nascemos, crescemos, estudamos, trabalhamos, casamos (ou não), compramos carro, compramos casa, temos putos (ou não), poupamos para pagar a casa e os putos, trabalhamos, trabalhamos, descansamos, reformamo-nos, educamos os netos, e, saudáveis ou doentes, morremos.
E, de vez em quando, temos de dar o dito por não dito, temos de quebrar promessas feitas no calor do momento ou no frio do arrependimento, temos de dizer sim à maçã pretensamente proibida.

Este fim-de-semana eu estive assim, disse sim, cedi à tentação.

A minha conta bancária está imensamente mais leve, eu qualquer coisa mais contente. Porra, já não me lembrava de andar em tal corropio, entra e sai, entra e sai (de lojas...)... quando se juntam duas gaijas, é no que dá! E ofertei-me, sem dúvida, o melhor de sempre; algo por que me enamorei há algum tempo e que, ao fim ao cabo, me resume...

The One...

It's me! E agora mais bem-cheirosa.

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