sábado, 10 de novembro de 2007

“Uma cagada de Post”

" Levanto-me deste terrível poiso que me consome as poucas sinapses que resistem, na companhia imposta do infame esbanjador de celulose e pigmentos dispostos em demasiado pequenas formas pré-estabelecidas partilhadas no mundo ocidental, deste que não se cala, pomposamente, com ridículos pormenores acerca de coisas que nunca verei nem saberei o que são, incessantemente, retumbando na caixa encefálica, qual voz esquizofrenicamente presente, mesmo quando atafulhado debaixo das mantas e demais tralhas, longe da vista, como se dum vão cofre contra instrusões mentais se tratassem, está.

Levanto-me e vou cagar; cagar não só para a obrigatoriedade de o ter conhecido e acolhido nestes tão curtos meses - bem mais curtos que nas demais cidades universitárias, que este pardieiro académico está forrado até ao âmago de soberba e pretensiosismo, cego e auto-enganador; talvez uma pílula mágica para o ego destas “ruínas”- que, paradoxalmente, há tanto se arrastam, mas também para o sistema que o considera uma semidivindade, incontestável e para venerar, como todas as tradições que servem para foder geração atrás de geração, em jeito de mesquinha vingança não evolutiva.

E há lá coisa mais libertadora que, pensando no dito, arriar o cuecão, apontar a artilharia pesada para o pequeno lago temente aos caprichos do cu, inspirar profundamente e… deixar o relaxamento de esfíncter e contracção até ao ângulo esplénico fazerem a sua magia. Magia tão sonora como perfumada, num jorrar quente de massa semi-pastosa com alguns diamantes de papaia incrustados, fazendo cócegas na abertura do mais conhecido rêgo, inundando o períneo, até ao escroto chegar quase, qual maremoto implacável; o galrear no que água era e que, gradualmente, se converteu em merda, salpicando as paredes de loiça e, em quase igual proporção, o real-nalguedo, obrigando, posteriormente, a uma cuidadosa limpeza e integral lavagem; o emanar do exótico cheiro a fruta misturado com o rústico e ancião odor a cagalhão mole que nos obriga, primariamente e envoltos em quase mórbida curiosidade, a inalá-lo profundamente, para depois entrecortar as inspirações, numa mescla de admiração, nojo e orgulho em tamanha criação abjecta!

Aliviado e com uma sensação de leveza intestinal e espiritual, aprecio o trabalho: que imensa ode ao Harrison! Benfica!

É agora tempo de lhe dedicar novamente a alma para cedo recarregar o que verti das entranhas.

Qual o melhor acompanhamento para tal santuário de conhecimento? Arroz.

Bdmdfka"

...poético!

1 comentário:

Anónimo disse...

Meu caro, Fuja! Mas, fuja mesmo!